segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A energia hidrelétrica

Apesar de 73% do potencial hidrelétrico permanecer inaproveitado, pois existem ainda muita possibilidade de construção de novas geradores, mas tem sido intenso, pois cerca de 93% da eletricidade gerada no país provém de hidrelétricas e está em terceiro lugar no mundo, perdendo para Rússia e China.
O maior desenvolvimento do potencial evoluiu principalmente nos rios da bacia amazônica, passando de 15 milhões de kW em 1970 para quase 260 milhões de kW em 1995.
O potencial hidrelétrico segundo as bacias fluviais está dividido na tabela abaixo:
Bacia Amazônica 105 550 MW

Bacia do Tocantins 27 821 MW
Bacia do Paraná 57 358 MW
Bacia do São Francisco 26 354 MW
Bacia do Uruguai 13 902 MW
Bacia do Leste 14 469 MW
Bacias do Sul e Sudeste 9 622 MW
Outras 3 979 MW
TOTAL DO BRASIL 259 055 MW
Aproveitado (até 1995) 58 300 MW (IBGE)
A energia hidrelétrica pode suprir todas as necessidades do país, desde que se construam novas usinas, apresentando diversas vantagens, pois a água não se esgota (embora haja secas eventualmente), seu custo operacional é baixo e polui menos do que as usinas termelétricas e atômicas.
O grande problema das hidrelétricas é a degradação ambiental provocada pela construção das usinas, que necessitam de grandes lagos abastedores, cuja extensão é imensa e profunda, alagando sítios arqueológicos, florestas, terrenos férteis e vilas inteiras, das quais os moradores são levados para regiões geralmente de terreno pobre.


Principais Usinas do Brasil

Uma usina hidrelétrica é um complexo arquitetônico, um conjunto de obras e de equipamentos, que tem por finalidade produzir energia elétrica através do aproveitamento do potencial hidráulico existente em um rio. Dentre os países que usam essa forma de se obter energia, o Brasil se encontra apenas atrás do Canadá e dos Estados Unidos, sendo, portanto, o terceiro maior do mundo em potencial hidrelétrico.

Usina Hidrelétrica de Itaipu - Rio Paraná, 12.600 MW
Usina Hidrelétrica de Tucuruí - Rio Tocantins, 4.245 MW
Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira - Rio Paraná, 3.444 MW
Usina Hidrelétrica de Xingó - Rio São Francisco, 3.000 MW
Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso IV - Rio São Francisco, 2.460 MW
Usina Hidrelétrica de Itumbiara - Rio Paranaíba, 2.082 MW
Usina Hidrelétrica de São Simão - Rio Paranaíba, 1.710 MW
Usina Hidrelétrica de Foz do Areia - Rio Iguaçu, 1.676 MW
Usina Hidrelétrica de Jupiá - Rio Paraná, 1.551 MW
Usina Hidrelétrica de Itaparica - Rio São Francisco, 1.500 MW
Usina Hidrelétrica de Itá - Rio Uruguai, 1.450 MW
Usina Hidrelétrica de Marimbondo - Rio Grande, 1.440 MW
Usina Hidrelétrica de Porto Primavera - Rio Paraná, 1.430 MW
Usina Hidrelétrica de Salto Santiago - Rio Iguaçu, 1.420 MW
Usina Hidrelétrica de Água Vermelha - Rio Grande, 1.396 MW
Usina Hidrelétrica de Corumbá - Rio Corumbá, 1.275 MW
Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa - Rio Tocantins, 1.275 MW
Usina Hidrelétrica de Segredo - Rio Iguaçu, 1.260 MW
Usina Hidrelétrica de Salto Caxias - Rio Iguaçu, 1.240 MW
Usina Hidrelétrica de Furnas - Rio Grande, 1.216 MW
Usina Hidrelétrica de Emborcação - Rio Paranaíba, 1.192 MW
Usina Hidrelétrica de Salto Osório - Rio Iguaçu, 1.078 MW
Usina Hidrelétrica de Campos Novos - Rio Canoas,
Usina Hidrelétrica de Estreito - Rio Grande, 1.050 MW
Usina Hidrelétrica de Sobradinho - Rio São Francisco, 1.050 MW


Principais jazidas de Petróleo

O Brasil é rico em jazidas de petróleo, com reservas estimadas em 8,5 bilhões de barris provenientes de 5.511 poços, 4.872 terrestres e 639 marítimos. É o segundo maior produtor do combustível da América do Sul, sendo superado apenas pela vizinha Venezuela.A maior parte da produção vem da bacia de Campos, no estado do Rio de Janeiro, responsável por 86,9% das reservas nacionais. Utilizando tecnologia nacional de exploração em águas profundas, a produção da bacia de Campos alcança 52.600 metros cúbicos (330 mil barris) por dia. Por tudo isso, o local é conhecido como um dos maiores e mais modernos pólos petrolíferos do mundo, superando áreas similares, como o mar do Norte. São ao todo 37 plataformas, mais de mil poços, 4.200 quilômetros de dutos submarinos e uma produção de 1,2 bilhão de barris de petróleo e 15,7 milhões de metros cúbicos de gás.
Outro importante ponto de exploração do petróleo e seus derivados encontra-se no Espírito Santo. Recentemente, descobriu-se uma nova bacia petrolífera, perto do campo de Golfinho, estimada em 15% do atual volume de reservas do país. Isso coloca o estado bem próximo à primeira plataforma da produção nacional, ao lado da posição de liderança do Rio de Janeiro.
No Recôncavo Baiano, estado da Bahia, o petróleo também vem sendo explorado há anos; já foram produzidos na região mais de 1 bilhão de barris do produto. O campo de Água Grande é o que mais produziu até hoje no país, com um total de 42,9 milhões de metros cúbicos (274 milhões de barris) de petróleo extraídos do solo.
As principais jazidas do Brasil são:
REPLAN - Paulínia (São Paulo) - 365.000 bpd REVAP - São José dos Campos (São Paulo) - 251.000 bpd REFAP - Canoas (Rio Grande do Sul) - 30.000 m³/dia REGAP - Betim (Minas Gerais) - 151.000 bpd RECAP - Mauá (São Paulo)- 53.000 bpd RPBC - Cubatão (São Paulo) - 170.000 bpd REDUC - Duque de Caxias (Rio de Janeiro) - 242.000 bpd REMAN - Manaus (Amazonas) - 46.000 bpd LUBNOR - Fortaleza (Ceará) - 6.000 bpd REPAR - Araucária (Paraná) - 189.000 bpd RLAM - São Francisco do Conde (Bahia) - 323.000 bpd RENOR - Nordeste (Pernambuco) - Futura REGAL - Nordeste (Pernambuco) - Refinaria General Abreu e Lima, em parceria com a PDVSA.

Biomassa e Alcool
A biomassa ou álcool, são fontes de uso para combustível na substituição de combustiveis fósseis, além de ser de baixo custo, renovável, permite reaproveitamento de resíduos e é menos poluente.

Crise energética brasileira
“A crise energética sul-americana deixou de ser um cenário hipotético para se transformar em ameaça real, diante da qual todos os governos da região estão adotando medidas de urgência para evitar que dentro de poucos meses comecem os cortes massivos de fornecimento de energia. E a tensão política já começa a notar-se”, afirma o diário espanhol El País.
O jornal aponta para o convite feito a Evo Morales, de participar de um encontro com os dois presidentes no sábado, como um sinal do agravamento da crise.
Brasil e Argentina importam gás da Bolívia – o governo brasileiro importa um volume quase dez vezes maior que a Argentina -, mas o governo boliviano já avisou que não vai poder cumprir os contratos iniciais, a não ser que o Brasil abra mão de parte de seu gás para a Argentina.
“Em privado, representantes brasileiros não escondem o mal-estar pelas pressões que Lula vai receber em Buenos Aires. ‘Este ano há uma grande seca no Brasil, o que significa que produzimos menos eletricidade do que o normal. Eles querem que a gente corte, voluntariamente, a energia de nosso povo para evitar problemas para a presidente argentina?’, disse uma fonte brasileira a este diário.”
O El País ainda aponta que, neste ano, será ainda mais difícil para a Argentina recorrer ao Brasil caso precise de energia, já que o país não terá muitas condições de ajudar, e afirma que Kirchner poderá então recorrer à Venezuela, com quem ela deve assinar um acordo de intercâmbio de energia por alimentos no mês que vem.
Externato Arpon
01/09/08
Alunos: Elnaem, Evelyn e Julio
Nº: 03,04 e 10
T: 3001



Fontes energéticas

As fontes de energia não renováveis são aquelas que se encontram na natureza em quantidades limitadas e se extinguem com a sua utilização. Uma vez esgotadas, as reservas não podem ser regeneradas. Consideram-se fontes de energia não renováveis os combustíveis fósseis (carvão, petróleo bruto e gás natural) e o urânio, que é a matéria-prima necessária para obter a energia resultante dos processos de fissão ou fusão nuclear. Todas estas fontes de energia têm reservas finitas, uma vez que é necessário muito tempo para as repor, e a sua distribuição geográfica não é homogênea, ao contrário das fontes de energia renováveis, originadas graças ao fluxo contínuo de energia proveniente da natureza.
Geralmente, as fontes de energia não renováveis são denominadas fontes de energia convencionais, uma vez que o sistema energético atual assenta na utilização dos combustíveis fósseis. São também consideradas energias sujas, já que sua utilização é causa direta de importantes danos para o meio ambiente e para a sociedade: destruição de ecossistemas, danos em bosques e aqüíferos, doenças, redução da produtividade agrícola, corrosão de edificações, monumentos e infra-estruturas, deterioração da camada de ozônio ou chuva ácida. Sem esquecer os efeitos indiretos como os acidentes em sondagens petrolíferas e minas de carvão ou a contaminação por derramamentos químicos ou de combustível.


Atualmente, um dos problemas ambientais mais graves, resultante de um sistema energético que privilegia o uso de fontes de energia não renováveis é o denominado efeito de estufa. As instalações que utilizam combustíveis fósseis não produzem apenas energia, mas também grandes quantidades de vapor de água e de dióxido de carbono (CO2), gás que é um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa do planeta.






Carvão

O carvão é uma rocha orgânica com propriedades combustíveis, constituída majoritariamente por carbono. A exploração de jazidas de carvão é feita em mais de 50 países, o que demonstra a sua abundância. Esta situação contribui, em grande parte, para que este combustível seja também o mais barato.
Inicialmente, o carvão era utilizado em todos os processos industriais e, ao nível doméstico, em fornos, fogões, etc. Foi, inclusive o primeiro combustível fóssil a ser utilizado para a produção de energia elétrica nas centrais térmicas. Refira-se que, em 1950, o carvão cobria 60% das necessidades energéticas mundiais, mas atualmente esta percentagem sofreu uma redução significativa. Nos dias de hoje, devido ao petróleo e seus derivados, deixou de ser utilizado na indústria, com exceção da metalúrgica, e do sector doméstico. Estima-se que, com o atual ritmo de consumo, as reservas disponíveis durem para os próximos 120 anos.
O principal problema da utilização do carvão prende-se com os poluentes resultantes da sua combustão. De fato, a sua queima, conduz à formação de cinzas, dióxido de carbono, dióxidos de enxofre e óxidos de azoto, em maiores quantidades do que os produzidos na combustão dos restantes combustíveis fósseis.


Petróleo

O petróleo é uma substância oleosa, inflamável e, em geral, menos densa que a água e com cor variando entre o negro e o castanho escuro. Embora objeto de muitas discussões no passado, hoje se tem como certa a sua origem orgânica, sendo uma combinação de moléculas de carbono e hidrogênio. Admite-se que esta origem esteja ligada à decomposição dos seres que compõem o plâncton - organismos em suspensão nas águas doces ou salgadas tais como protozoários, celenterados e outros - causada pela pouca oxigenação e pela ação de bactérias. Estes seres decompostos foram, ao longo de milhões de anos, se acumulando no fundo dos mares e dos lagos, sendo pressionados pelos movimentos da crosta terrestre e transformaram-se na substância oleosa que é o petróleo.
Ao contrário do que se pensa, o petróleo não permanece na rocha que foi gerado - a rocha matriz - mas desloca-se até encontrar um terreno apropriado para se concentrar. Estes terrenos são denominados bacias sedimentares, formadas por camadas ou lençóis porosos de areia, arenitos ou calcários. O petróleo aloja-se ali, ocupando os poros rochosos como forma "lagos". Ele acumula-se, formando jazidas. Ali são encontrados o gás natural, na parte mais alta, e petróleo e água nas mais baixas.

As primeiras frações da refinação (isto é, os primeiros produtos obtidos) são os gases butano e o propano, que são separados e comercializados individualmente. No entanto, podem também ser misturados com o etano constituindo, assim, os gases de petróleo liquefeitos (GPL).
Um dos principais objetivos das refinarias é obter a maior quantidade possível de gasolina. Esta é a fração mais utilizada do petróleo e, também, a mais rentável, tanto para a indústria de refinação como para o Estado. Saliente-se que, todos os transportes, a nível mundial, dependem da gasolina, do jet fuel (usado pelos aviões) e do gasóleo. Por esta razão, as refinarias têm vindo a desenvolver, cada vez mais, os processos de transformação das frações mais pesadas do petróleo bruto em gasolina e gasóleo.
Estima-se que, com o atual ritmo de consumo, as reservas planetárias de petróleo se esgotem nos próximos 30 ou 40 anos.
Trata-se de um combustível muito nocivo para o ambiente em todas as fases do consumo:
*durante a extração, devido à possibilidade de derrame no local da prospecção;
*durante o transporte, o perigo advém da falta de fiabilidade dos meios envolvidos, bem como, da utilização de infra-estruturas obsoletas;
*na refinação, o perigo de contaminação através dos resíduos das refinarias é uma realidade e
*no momento da combustão, devido à emissão para a atmosfera de gases com efeito de estufa
.

Opep e Sete Irmãs

Sete irmãs é o nome dado a sete grandes companhias de petróleo.
Após a divisão da
Standard Oil, provocada pela lei antitruste de Sherman, muitas novas companhias petrolíferas foram criadas. Sete delas formaram o grupo conhecido como as Sete irmãs. Com o seu controle sobre a produção de petróleo, refino e distribuição, elas estavam aptas a tomar vantagem sobre a crescente demanda por petróleo e formar altos lucros. Eram muito organizadas e formavam um forte cartel, tendo forte influência sobre os grandes países produtores de petróleo. Foi somente quando os países árabes começaram a tomar o controle sobre os preços e a produção, formando a OPEP, no começo dos anos 1960, que o poder das sete irmãs passou a declinar.
As companhias foram:
Standard Oil of New Jersey (
Esso). Mais tarde, Exxon, e atualmente, ExxonMobil.
Royal Dutch Shell. Atualmente chamada simplesmente de Shell.
Anglo-Persian Oil Company (APOC). Mais tarde, British Petroleum. Depois, BP Amoco. Atualmente é conhecida pelas iniciais BP.
Standard Oil of New York (Socony). Mais tarde,
Mobil, que fundiu-se com a Exxon, formando a ExxonMobil.
Texaco. Fundiu-se com a Chevron, criando a ChevronTexaco de 2001 até 2005, quando o nome da companhia voltou a ser Chevron.
Standard Oil of California (Socal). Atualmente a
Chevron.
Gulf Oil. Absorvida por várias empresas.
Assim, as companhias que ainda existem hoje são:
ExxonMobil, Chevron, Shell, e BP.


Energia Nuclear

A energia nuclear é produzida através das reações de fissão ou fusão dos átomos, durante as quais são libertadas grandes quantidades de energia que podem ser utilizadas para produzir energia elétrica. A fissão nuclear utiliza o urânio, um mineral presente na Terra em quantidades finitas, como combustível e consiste na partição de um núcleo pesado em dois núcleos de massa aproximadamente igual.
Ainda que a quantidade de energia produzida através da fissão nuclear seja significativa, este processo apresenta problemas de difícil resolução:

· Perigo de explosão nuclear e de fugas radiativas;
· Produção de resíduos radiativos;
· Contaminação radiativa,
· Poluição térmica.
Em alternativa, a energia nuclear pode também ser produzida através do processo de fusão nuclear, que consiste na união de dois núcleos leves para formar outro mais pesado e com menor conteúdo energético, através do qual se libertam também grandes quantidades de energia. Este processo envolve átomos leves, como os de deutério, trítio ou hidrogênio, que são substâncias muito abundantes na natureza.
De referir, que o impacto ambiental resultante do processo de fusão é muito menor, quando comparado com o da energia nuclear produzida por fissão. Atualmente, esta fonte de energia encontra-se ainda numa fase experimental, já que a tecnologia ainda não conseguiu criar reatores de fusão devido às altas temperaturas necessárias para levar a cabo o processo.Enquanto não se conseguir encontrar uma forma segura de utilizar a energia nuclear e de proceder ao tratamento eficiente e durável dos resíduos resultantes desta atividade, esta continuará a ser encarada como um rico desaconselhável. Em Portugal, não existem centrais nucleares. No entanto, consumimos eletricidade que provém delas. Ainda que as nossas centrais tenham capacidade para produzir energia elétrica suficiente para suprir as necessidades atuais, a realidade é que, em alguns momentos ocorrem picos de consumo e é preciso importar energia. A Espanha é a nossa fornecedora de energia elétrica nessas alturas. Como este país utiliza a energia nuclear, é fácil constatar como esta entra em Portugal.

As Indústrias Nucleares do Brasil (INB) são uma empresa brasileira de economia mista, vinculada à Comissão Nacional de Energia Nuclear - (CNEN) e subordinada ao Ministério da Ciência e Tecnologia. tem unidades nos seguintes estados Bahia, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e é um importante elemento do sistema brasileiro de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias para o domínio do ciclo e produção de combustíveis nucleares.
A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) é a maior indústria siderúrgica do
Brasil e da América Latina e uma das maiores do mundo. Sua usina situa-se na cidade de Volta Redonda, na região do Vale do Paraíba, no sul do estado do Rio de Janeiro, tendo suas minas de minério de ferro e outros minerais na região de Congonhas e Arcos, ambas cidades do estado de Minas Gerais e também de carvão na região de Siderópolis no estado de Santa Catarina.










segunda-feira, 23 de junho de 2008


Rede e hierarquia urbana brasileira

O conceito de hierarquia urbana está baseado na noção de rede urbana, um conjunto integrado de cidades que estabelecem relações econômicas, sociais e políticas entre si. A avaliação tradicional está baseada no denominado modelo industrial, que dá prioridade à relação esta belecida entre as diferentes cidades a partir dos fluxos de mercadorias e de serviços; a avaliação recente apóia-se no chamado modelo informacional, concentrando-se na relação entre as diferentes cidades a partir dos fluxos administrativos e de informações.
Quanto maior o centro urbano, mais diversificada é sua infra-estrutura econ6mica e maiores as suas possibilidades de coordenar os principais fluxos de mercadorias e de serviços, influenciando as outras cidades da sua rede. Há, ainda, as chamadas metrópoles regionais, que exercem influência significativa sobre a região em que estão localizadas. É o caso de Manaus, Belém e Goiânia. Na hierarquia urbana, há os centros regionais, abaixo das metrópoles regionais, com as quais se complementam e polarizam a rede urbana de regiões menores. Nesse grupo estão incluídas, por exemplo, as cidades de Ribeirão Preto, Londrina, Campo Grande e Teresina.
As avaliações do processo de modernização económica resultaram na formulação de um novo modelo de hierarquia urbana, que corresponde a um avanço em relação ao modelo industrial e que contribui para um melhor entendimento da rede urbana do país. Segundo o modelo informacional, São Paulo é a metrópole mundial brasileira que exerce controle sobre os principais sistemas de comunicação que difundem as inovações por todo o país, através dos meios de comunicação.
São Paulo é considerada, portanto, a metrópole informacional. Essa liderança foi conquistada ao longo das últimas décadas e atraiu profissionais altamente qualificados de todas as regiões do país; éÍ. cidade apresenta atualmente a maior concentração de cientistas, engenheiros, administradores, especialistas em finanças, artistas, esportistas, profissionais da área de comunicações e publicitários do Brasil. O Rio de Janeiro, também de acordo com esse modelo de análise, é considerado metrópole nacional.
As cidades pequenas e médias concentram atividades que dão suporte à produção rural, como os profissionais especializados, O comércio de insumos e maquinário agrícola, os centros de transportes e de distribuição de produtos para a agricultura e a pecuária.
A expansão da Internet, com a ampliação do chamado comércio eletrónico, tende a subverter em parte a noção de hierarquia urbana, na medida em que um número crescente de usuários e empresas negociam diretamente entre si, comprando e vendendo produtos e serviços cada vez mais diversificados, independentemente de distâncias físicas e do porte das cidades em que estão sediados.


Macrocefalia e Metropolização
Macrocefalia urbana é um fenômeno urbano que ocorre principalmente em países subdesenvolvidos. É caracterizada pelo desequilíbrio populacional de uma determinada região que pode ser classificada como cidade, estado ou país onde se tornam dominantes e autoritárias em relação a outras cidades por ser favorecida pela quantidade de habitantes que contém e também pela grande quantidade de indústrias em seu território.
Este fenômeno produz cidades completamente desprovidas de infra-estrutura e planejamento, o que provoca marginalização, submoradia, aumento da violência, criminalidade, desemprego, doenças que são favoráveis à reprodução de outros problemas.
Podemos perceber a macrocefalia urbana presente em países africanos e em cidades como Trípoli (Líbia), Atenas (Grécia), Montevidéu (Uruguai), Santiago (Chile), Buenos Aires (Argentina), São Paulo (Brasil) e tantas outras que apresentam problemas visíveis quanto a atividades econômicas e da população que tendem a ser mais perceptíveis em metrópoles.
Em países desenvolvidos a macrocefalia urbana atinge menores proporções por causa do planejamento dos mesmos e por causa do crescimento urbano gradativo que os permite estruturar suas cidades.
A macrocefalia urbana é considerada como a maior arma letal contra a qualidade de vida, mas para os políticos em geral é uma forma de conquistar votos e a confiança da população, pois por meio dos problemas que a macrocefalia urbana provoca estes conseguem construir projetos de urbanização e habitação.
Metropolização é o processo em que as cidades de uma região metropolitana (ou apenas uma cidade fora de região metropolitana) estão em via de se tornarem uma metrópole, ou seja, prestes a abrigar mais de 1 milhão de habitantes em uma região ou apenas em uma cidade. No Brasil, é um fenômeno recorrente, pois se até 1960 o país tinha apenas 2 cidades com mais de um milhão de habitantes, este número hoje é bem superior. Este processo, cumpre ressaltar, costuma, ao menos no que se refere ao Brasil, vir acompanhado de um sem número de problemas sociais originados quer da precariedade das condições dos migrantes que chegam na área em processo de urbanização, quer da oferta reduzida de infra-estrutura nas comunidades urbanas dessas regiões. Ressalta-se também que o processo de metropolização pode ocorrer sem que haja necessariamente a formação de uma metrópole. Isto ocorre em áreas metropolitanas em que, mais do que a influência de uma metrópole sobre áreas adjacentes, se percebe isto sim, um rearranjo das governanças locais em prol de maior cooperação, como é o caso das áreas metropolizadas de Santa Catarina, Portugal e da Espanha. Assim, criam-se áreas metropolitanas como as do Minho, A Coruña e Joinville, que são áreas metropolitanas sem metrópole. Neste caso, em função mesmo do planejamento prévio, as conseqüências sociais costumam ser mais positivas
Problemas Urbanos
O homem, nas grandes cidades, parece esquecido, esmagado por problemas de transporte, tráfego, poluição e falta de segurança. E isto, quando tem acesso a emprego, educação e saúde. Parecia que esta maravilhosa criação da raça humana, a cidade, teria cumprido o seu destino, e agora é um obstáculo para o futuro desenvolvimento da sociedade humana.
Esta preocupação se reflete na listagem dos grandes temas que deverão constituir uma agenda para o início do próximo século. Entre eles certamente estarão:
o esgotamento do processo de urbanização nos países em desenvolvimento;
a necessidade de solucionar os problemas que as cidades enfrentam, em especial nas regiões em desenvolvimento; e
os efeitos da globalização.
As cidades, cujo crescimento foi iniciado pelo êxodo rural e agora, em muitos casos, é fomentado pelo fluxo migratório urbano-urbano, sofreram um enorme impacto e passaram a enfrentar problemas de habitação, infra-estrutura básica e social e necessidade de gerar empregos para uma população completamente despreparada para as atividades típicas destes centros. Estes problemas são agravados pela globalização das economias dos países em desenvolvimento.
Para enfrentar esta situação é preciso ter em mente que além da complexidade dos problemas urbanos será necessário, nos países em desenvolvimento, remover os obstáculos que impedem a sua solução.
Uma listagem destes obstáculos deverá incluir, obrigatoriamente:
a escassez de recursos financeiros;
a escassez de recursos humanos capacitados;
a falta de políticas nacionais e locais;
a inexistência de estruturas institucionais capazes de equacionar e resolver os problemas; e
a falta de vontade política.
A competição acirrada entre cidades e regiões por recursos para financiar as soluções dos problemas urbanos não poderá ser satisfeita pelas agencias nacionais e internacionais. Daí a necessidade de um grande esforço por parte das cidades para aumentar seus ingressos.
Os recursos humanos são tão importantes quanto os financeiros para a solução dos problemas urbanos. As carências financeiras que nos afligem exigem soluções criativas e menos onerosas, balizadas por diretrizes de políticas urbanas que somente poderão ser propostas por equipes altamente capazes e treinadas, cuja formação e desempenho dependem da existência de estruturas institucionais que possam abrigá-las.
Finalmente, mas não menos importante, é a vontade política necessária para a implantação das soluções propostas, que nem sempre são facilmente aceitas pela população. Sem esta vontade para apoiar o processo de implantação, todos os estudos e soluções propostas serão considerados, no futuro, como casos interessantes para estudo do que poderia ter sido feito no passado para evitar o caos do presente.
A concentração da população nas cidades, comparada à baixa densidade rural, é importante para permitir a implantação de programas em educação e saúde, para citar apenas dois exemplos, com ganhos de economias de escala e, consequentemente, de eficiência. Entretanto, as deseconomias de escala geradas pela falta de solução dos problemas existentes já mencionados podem anular estas vantagens.
Como afirmado anteriormente, devido à globalização, a demanda por recursos, serviços e geração de empregos está acirrando a competição entre as cidades e as regiões. Isto significa que elas devem se tornar, de acordo com o Banco Mundial, gerenciáveis, financiáveis e habitáveis. Um grande esforço deverá ser feito para atingir estes objetivos. A escassez de recursos e a competição, já mencionadas, justificam plenamente o esforço, que pode significar a diferença entre ganhadores e perdedores.
A cidade, nas diversas escalas que pode atingir, não é um fenômeno isolado. Pertence a uma região cuja economia e sistema urbano vão influenciar o seu desenvolvimento e, por sua vez, são influenciados por ela. Seu dinamismo que atrai serviços, indústrias e gera empregos é um fator de mudança; mas nenhuma cidade será boa se seu desenvolvimento não apoiar o desenvolvimento da região.
Exodo Rural
Os principais motivos que fazem com que grandes quantidades de habitantes saiam da zona rural para as grandes cidades são: busca de empregos com boa remuneração, mecanização da produção rural, fuga de desastres naturais (secas, enchentes, etc), qualidade de ensino e necessidade de infra-estrutura e serviços (hospitais, transportes, educação, etc). O êxodo rural provoca, na maioria das vezes, problemas sociais. Cidades que recebem grande quantidade de migrantes, muitas vezes, não estão preparadas para tal fenômeno. Os empregos não são suficientes e muitos migrantes partem para o mercado de trabalho informal e passam a residir em habitações sem boas condições (favelas, cortiços, etc). Além do desemprego, o êxodo rural descontrolado causa outros problemas nas grandes cidades. Ele aumenta em grandes proporções a população nos bairros de periferia das grandes cidades. Como são bairros carentes em hospitais e escolas, a população destes locais acabam sofrendo com o atendimento destes serviços. Escolas com excesso de alunos por sala de aula e hospitais superlotados são as conseqüências deste fato.Os municípios rurais também acabam sendo afetados pelo êxodo rural. Com a diminuição da população local, diminui a arrecadação de impostos, a produção agrícola decresce e muitos municípios acabam entrando em crise. Há casos de municípios que deixam de existir quando todos os habitantes deixam a região.
Brasil (década de 1960): durante o governo de JK (Juscelino Kubitschek) houve um grande investimento no desenvolvimento industrial nas grandes cidades da região Sudeste. Com a abertura da economia para o capital internacional, diversas multinacionais, principalmente montadoras de veículos, construíram grandes fábricas em cidades como São Paulo, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Santo André, Diadema, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. O resultado disso foi um grande êxodo rural do Nordeste para o Sudeste do país. Os migrantes nordestinos, fugitivos da seca do Nordeste e do desemprego, foram em busca de trabalho e melhores condições de vida nas grandes cidades do Sudeste. Este processo estendeu-se com força durante as décadas de 70 e 80. Como estas cidades não ofereceram condições sociais aos migrantes, houve o esperado: aumento das favelas e cortiços, desemprego (muitos migrantes não tinham qualificação profissional para os empregos) aumento da violência, principalmente nos bairros de periferia.Outro fato relacionado ao êxodo rural ocorreu com a construção de Brasília, no final da década de 1950. Muitos migrantes do Norte e Nordeste do país foram em busca de empregos na região central do país, principalmente na construção civil. As cidades satélites de Brasília cresceram desordenadamente, causando vários problemas sociais, que persistem até os dias de hoje.
Externato Arpon 23/06/08
Alunos: Elnaem, Evelyn, Júlio e Bruna
Nº: 03,04,10,12
T: 3001

Trabalho de Geografia

Urbanização

Urbanização é o deslocamento de um grande contingente de pessoas que saem da área rural para os centros urbanos (as cidades). Para que um país seja considerado urbanizado, a quantidade de pessoas que vivem nas cidades deve ser superior a quantidade que vive do campo. As cidades podem ser classificadas de acordo com seu tamanho, atividade econômica, importância regional entre outras características. Classificam-se em:
*Municípios: São as menores divisões político- administrativas, todo município possui governo próprio, sua área de atuação compreende a parte urbana e rural pertencente ao município.
*Cidades: É a sede do município, independente do número de habitantes que possa ter, as atividades econômicas nas cidades diferem das do campo, as atividades principais são centralizadas nos setor secundário e terciário.
*Metrópoles: São cidades com densidade demográfica superior a 1milhão de habitantes (ex: Goiânia, São Paulo).
*Conurbações: È quando um município ultrapassa seus limites por causa do crescimento e com isso encontra-se com os municípios vizinhos.
*Regiões Metropolitanas: É a união de dois ou mais municípios formando uma grande malha urbana, é comum nas cidades sedes de estados (ex.Goiânia, Aparecida de Goiânia e cidades do entorno).
*Megalópole: É a união de duas ou mais regiões metropolitanas.
*Tecnopólos: ou Cidades ciência, são cidades onde estão presentes centros de pesquisas, universidades, centros de difusão de informações. Geralmente os tecnopólos estão alienados a universidades e indústrias. *Verticalização: È a transformação arquitetônica de uma cidade, ou seja, a mudança da forma horizontal das construções (ex: casas), para a verticalização (construção de prédios).
*Segregação Espacial: É o foco do poder público as regiões onde a parcela da população possui melhor poder aquisitivo, e omissão as regiões periféricas desprovidas dos serviços públicos.
*Cidades Formais: São cidades planejadas.
*Cidades Informais: São compostas pelas regiões periféricas, regiões onde não possui infra-estrutura suficiente.